A votação na assembleia de credores no dia 25 de setembro de 2012, termina com o placar de duas classes aceitando o Plano de Recuperação Judicial da Busscar sendo elas: a trabalhista e a quirografária e uma classe recusando Plano sendo ela: a classe garantia real.
Esse resultado joga a decisão para o juiz responsável pelo caso da Busscar, Maurício Cavalazzi Povoas, a decisão era esperada na mesma semana, e saiu na tarde de quinta-feira 27 de setembro de 2012.
O juiz assinou o documento que determinava a lacração da fábrica da Busscar e a falência do Grupo Busscar e todas as suas empresas com exceção da Tecnofibras HVR Automotiva S.A, que continuará rodando com administração de Rainoldo Uessler, e a Climabuss S.A que tem 30 dias para entregar um lado via Rainoldo Uessler se continuar o negócio dará lucro ou prejuízo, assim determinando pela justiça fechamento ou continuação das atividades da Climabuss.
INDIGNAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS
Essa imagem descrevia a insatisfação com a decisão do juiz em determinar a falência da Busscar, no documento oficial o magistrado define a administração da Busscar com sérios problemas financeiros e uma administração considerada uma balbúrdia. Cerca de 800 funcionários da Busscar se surpreenderam ao chegar na sexta-feira (28) para trabalhar e receber a notícia de que só poderiam sair com seus pertences nas mãos e não montariam mais ônibus da Busscar, em reunião com Rainoldo Uessler, o clima era de um velório e a diretoria avisava que os contratos estavam automaticamente suspensos.
PRODUÇÃO PARADA
A produção na fábrica contava com cerca de 40 carrocerias que permaneceram paralisadas, por determinar o local lacrado a justiça não deixa nenhuma atividade por parte da Busscar em seus bens, o gerou também indignação dos próprios clientes que tinham chassis presos dentro da linha de montagem até entrarem com recurso para retirarem os mesmos. A Busscar durante o seu período de Recuperação Judicial produziu e entregou 107 ônibus, e tinha quando faliu cerca de 300 vendidos e que estavam prontos para entrarem na fábrica.
MINISTÉRIO PÚBLICO - SC PEDE ANULAÇÃO DA FALÊNCIA DA BUSSCAR
O Ministério Público de Santa Catarina, protocolou um pedido no final de outubro de 2012, em que dizia que houveram grandes erros na assembleia de credores e também houve sim interesses de concorrentes na falência da Busscar. A primeira acusação foi de que o Administrador Judicial Rainoldo Uessler, não defiriu o pedido do BNDES em uma nova suspenção da assembleia para ver a proposta, o banco alegava que recebeu a proposta uma noite antes da assembleia geral de credores.
A segunda acusação era contra o Santander que houve vício no voto do banco, pois o mesmo tinha interesse na falência da fabricante de ônibus, pois aconselha investidores a colocar dinheiro na Marcopolo que era a principal concorrente da Busscar, pedindo assim a anulação da assembleia.
A terceira era a acusação da que a Busscar era sim viável e que a falência não era a única saída, como disse o juiz na explicação da decisão para jornais de Joinville, a Busscar sim tinha produzido mais de 100 ônibus, o que mostrava que a marca tinha qualidade e que os clientes confiavam no seu produto.
A ação passou para análise mas foi recusada em novembro, antes de ir a votação.
2013... PERITO NOMEADO
Em fevereiro foi nomeado o perito judicial para a avaliação de bens do Grupo Empresarial Busscar, o perito enviou no mesmo mês os honorários e custos que teria para avaliar o negócio Busscar, que completava na época quase 6 meses parado. A avaliação começou em maio de 2013, primeiro foi determinado pelo Administrador da Massa Falida, Rainoldo Uessler avaliar a Tecnofibras que é mais fácil de vender, pois já tinha recebido proposta de 5 empresas para a compra da mesma, e também avaliar a Climabuss que foi fechada a pedido do dono da empresa que acusou inviabilidade depois do negócio dar um prejuízo de 104 mil em dezembro e janeiro. Também seria avaliado os bens não-operacionais, como terrenos e chácaras em nome do Grupo Busscar, a avaliação foi contestada pelo advogado da Busscar que acusava gastos muito alto para a avaliação de bens da Busscar, no laudo do perito, tinha a ida até o exterior para avaliar os bens estrangeiros da Busscar no México e Colômbia.
UM ANO DEPOIS DA FALÊNCIA
Um ano após a falência da Busscar cerca de 200 ex-funcionário e também clientes da marca, se reuniram para fazer uma caminhada até o Fórum Comarca de Joinville, saindo do estacionamento do Centreventos Cau Hansen, as pessoas levavam faixas falando da demora para a venda de bens, que foi prometida pela justiça em 8 meses após a falência, muitos clientes, dizem que sentem falta da marca, pois tinham ônibus sendo encarroçados quando a Busscar foi determinada lacrada e reclamavam que os produtos das outras marcas não tinham a mesma qualidade do produto joinvilense.
AVALIADA TECNOFIBRAS E CLIMABUSS
Na mesma data que completava um ano de falência, o grupo responsável pela perícia da Busscar entregou para o Administrador da Massa Falida, Rainoldo Uessler, o laudo com parte da avaliação de bens do Grupo Busscar. Foram avaliados bens como terrenos, chácaras, escritórios e galpões pela cidade, também tem a avaliação da Tecnofibras e Climabuss.
O QUE SERÁ VENDIDO???
Tecnofibras HVR Automtiva S.A - 75.000.000.00
Climabuss S.A - 5.000.000.00
Terrenos e outros bens - 30.000.000.00
O montante da avaliação é de cerca de 109 milhões de reais, será vendidas Tecnofibras, Climabuss, a casa dos fundadores da Busscar, e também um terreno importante na avenida Santos Dumount em Joinville. Também está marcado para ocorrer no mês de outubro deste ano a venda de peças de reposição da Busscar que estavam paradas no parque fabril e em oficinas autorizadas pelo Brasil, avaliados em 23 milhões. Com bastante interessados na Tecnofibras Rainoldo Uessler, diz que a venda será rápida pois temos 5 interessados no negócio, também se mostra confiante na venda do parque fabril da Busscar, que já recebeu 3 interessados, nada de interessados na Climabuss por enquanto. O leilão terá data marcada após a avaliação do laudo que será feito pelo juiz responsável pelo caso na 5ª Vara Cível de Joinville. Enquanto isso a equipe de Rainoldo Uessler, trabalha para deixar tudo organizado nas unidades da Busscar, no parque fabril está tudo limpo e conservado, equipamentos e máquinas com valor alto estão embrulhados em caixas e também enrolados em plástico para não sofrer ação do tempo, a linha de produção espera receber uma montadora de ônibus. Será???
MUITO OBRIGADO POR TODOS QUE ACOMPANHARAM A SÉRIE ESPECIAL BUSSCAR, NÃO DEIXEM DE ACOMPANHAR O NOSSO CANAL NO YOUTUBE, SE AINDA NÃO VIU AS OUTRAS POSTAGENS DO ESPECIAL BUSSCAR, CONFIRA!!!
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segunda-feira, 30 de setembro de 2013
domingo, 22 de setembro de 2013
ESPECIAL BUSSCAR: A RECUPERAÇÃO JUDICIAL
A Busscar teve em 2011, leilão determinado pela Justiça de Santa Catarina, ocorreu um primeiro leilão em Florianópolis, mas não arrecadou mais de 25 mil reais, a Busscar então se viu com uma única saída, era a chamada Recuperação Judicial, que tem como maior objetivo, recuperar e pagar as dívidas com aceite dos credores.
RECUPERAÇÃO JUDICIAL INCIADA
m Na época juiz da 5ª Vara Cível de Joinville, Maurício Cavalazi Povoas, aceita o pedido de Recuperação Judicial do Grupo Busscar em 31 de outubro de 2011. Uma ironia do destino, 31 de outubro, se lembra?? Mesma data que Harold Nielson morreu em um trágico acidente aéreo em Joinville-SC. A Busscar então estava sujeita a intervenção judicial a partir de novembro 2011, mas também se viu com mais facilidade para conseguir novas encomendas para tocar a produção.
INTERVENTOR JUDICIAL ESPECIALIZADO
O juiz nomeia, então um administrador judicial para trabalhar nos pedidos que a justiça fizer em relação ao Plano de Recuperação Judicial, a apontar os erros que a empresa está cometendo em relação ao processo. Rainoldo Uessler, assume o comando e diz que não será difícil a recuperação da Busscar com o pagamento das dívidas mas que é sim possível reerguer a marca joinvilense.
ADVOGADO ESPECIALIZADO EM RECUPERAÇÕES JUDICIAIS
A Busscar Ônibus S.A, então contrata o advogado Euclides Ribeiro Júnior da ERS Consultoria e Advocacia LTDA. O advogado, então no início de novembro já recebe a imprensa da cidade em uma sala da Busscar, para mostrar os planos para uma grande volta da Busscar no mercado.
O PLANO
O Plano de Recuperação Judicial da Busscar, foi protocolado ao juiz Maurício Cavalazi Povoas, em 30 de dezembro de 2011, e também foi divulgado para funcionários e todos os credores do Grupo Busscar, veio janeiro de 2012, e as impugnações ao plano só aumentavam, BNDES, Celesc e Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região faziam impugnações que eram preocupantes para o Administrador Judicial. Agora com os prazos de impugnações se esgotando a Busscar já pensava em marcar a data para a então Assembleia de Credores do Grupo Busscar, a data de 22 de maio de 2012, foi escolhida e o local definido como o Centreventos Cau Hansen, em Joinville.
ENQUANTO ISSO PRODUÇÃO
A Busscar enquanto trabalhava para conseguir convencer os credores que a Recuperação Judicial era a melhor saída para a crise que a empresa entrou desde 2009, a produção continuava a todo vapor, claro que não produzia um veículo por dia, mas por semana eram entregues 3 a 5 carros.
Clientes reconquistados... A Busscar voltava a entregar os modelos com qualidade e tecnologia para clientes considerados grandes compradores da marca, vamos ver algumas encomendas que a Busscar entregou durante o período de Recuperação Judicial do grupo.
TRANSTUSA E GIDION
Foram entregues 14 unidades do Urbanuss Pluss II na versão Piso Baixo para Gidion e Trantusa sendo que cada empresa recebeu 7 unidades do modelo que vinha equipado com poltronas em plástico reforçado com fibra de vidro, climatizadores, espaço especial para pessoas cadeirantes e com deficiência.
OS DOUBLE-DECKER SUPER LUXO
Os Panorâmico DD para empresas como por exemplo, Viasul, Cristal Turismo, Mingoti Tur e Romeliza do Perú, faziam da Busscar uma marca que estava presente com seus produtos no mercado brasileiro de ônibus e também no mercado internacional de ônibus.
A produção da Busscar continuava a todo vapor, inclusive no carnaval no início do ano de 2012, o Administrador Judicial olhava para a linha de produção da Busscar e falava para a imprensa: ''é bonito de se ver'', essa era a frase de Rainoldo Uessler, que via sim uma evolução da Busscar em relação ao mercado estar sentindo falta dos produtos da marca e clientes vindo de longe para comprar produtos aqui em Joinville.
A Busscar contava com cerca de 600 funcionários na linha de montagem, e cerca de outros 200 na administração, financeiro e outros setores de escritório, os funcionários da linha de montagem recebiam por dia trabalhado um valor fixo para todos os setores da montagem de R$ 80.00, e tinham um recebimento semanal, ou seja, toda sexta-feira tinha dinheiro nas mãos dos operário da fábrica da Busscar, outros cargos como engenheiros, financeiro, projetistas, entre outros que não mexiam no encarroçamento de ônibus recebiam mensalmente como antes da crise. Por parte dos funcionários da fábrica e de outros da administração, já se tinha 100% de aprovação do plano, pois caso o plano fosse aprovado, eles teriam emprego garantido e ainda receberiam os seus créditos dentro do parcelamento previsto pela Busscar.
A PRIMEIRA ASSEMBLEIA
Era 22 de maio em Joinville, a Busscar estava na sua primeira assembleia de credores, o plano de recuperação judicial do Grupo Busscar estava despachado pelo juiz e poderia ser votado, cerca de 2 mil credores compareceram, alguns com procurações para votarem por seus colegas, mas neste dia não houve votação, o juiz Maurício Cavalazi Povoas, viu que a Busscar tinha irregularidades no plano e apontou os erros ao Administrador Judicial, Rainoldo Uessler, empresas já faziam propostas para desintegrar a Busscar do seu parque fabril e colocar outra indústria no local, mas foram somente especulações, o plano não foi votado pelo fato de que o juiz viu que o clima era sim de falência em uma possível votação do Plano de Recuperação Judicial da Busscar.
7 DE AGOSTO, NOVO TENTATIVA
2 mil credores, cadastrados com crachá, estavam em 7 de agosto novamente no Centreventos Cau Hansen em Joinville para tentar votar o Plano de Recuperação Judicial da Busscar, na última noite que antecedeu a assembleia de credores, o advogado da Busscar conseguiu uma grande chave para colocar a Busscar na estrada novamente, os ex-sócios da Busscar Randolfo Raiter e Valdir Nielson, tios do presidente da companhia, abriram mão de 300 milhões, pela proposta atual de 80 milhões de reais, o objetivo era colocar a marca Busscar no seu devido lugar, com esse voto a favor a Busscar tinha duas das três classes votantes aprovando o plano. Só recapitulando eram três classes votantes na assembleia de credores, que dependia da classificação do credor, a Classe Trabalhista que era representada pelos credores trabalhadores, a Classe Quirografários, que tinha os fornecedores, e credores que não se importavam com a forma de pagamento e a Classe Garantia Real que tinha credores como por exemplo bancos e fornecedores de créditos, que tinham como garantia os bens da Busscar. A Classe Trabalhista tinha aprovação, a Busscar tinha 1.900 votos a favor com as alterações no plano, contra 400 do Sindicato que era contra o plano, a Classe Quirografários que aprovava com o voto a favor dos ex-sócios que eram os maiores credores da classe, a única que faltava era a Classe Garantia Real que reprovava o Plano de Recuperação Judicial, o advogado da Busscar, então levantou a possibilidade de votar uma nova suspenção como objetivo de negociar com a Classe Garantia Real para ter 100% de aprovação do plano, evitando assim uma falência pela justiça, 85% aprovaram a suspenção, o que mostrava que queriam que a Busscar aprovasse o plano e voltasse a produzir a todo vapor.
25 DE SETEMBRO, A ÚLTIMA TENTATIVA
A Busscar entrava na sua terceira assembleia de credores, desta vez o Plano de Recuperação Judicial seria sim votado, nem que durasse mais de um dia para votar, aberta a votação e os credores todos organizados queriam aprovar logo o plano e acabar com essa agonia que poderia levar a Busscar para a falência, tudo ocorreu corretamente, a Classe Trabalhista aprovou o plano com 74% de SIM, a Classe Quirografários teve 175 dos 190 credores presentes com SIM, só faltava os bancos que tinha o Santander que era o maior credor da Classe Garantia Real, o banco havia dito que aprovaria o plano nas rodadas de negociação, o BNDES não se pronunciou afirmando que a Busscar tinha enviado a proposta muito em cima da hora, o Santander reprovou o plano e sequer deu alguma explicação, o BNDES então se encontrava em uma posição complicada, se aprovasse o plano, aprovava a Garantia Real e colocava a Busscar de volta no mercado para pagar as dívidas e produzir em massa, se reprovasse seria responsabilizado por deixar mais de 800 funcionários desempregados, se absteve e para a justiça catarinense considera abstenção como um NÃO ao plano, o que reprovou a Classe Garantia Real e jogando a decisão para o juiz Maurício Cavalazi Povoas que tinha retomado para o caso Busscar.
ACOMPANHE O ÚLTIMO EPISÓDIO DA SÉRIE ESPECIAL BUSSCAR, NO PRÓXIMO DOMINGO, NÃO PERCA!!!
RECUPERAÇÃO JUDICIAL INCIADA
m Na época juiz da 5ª Vara Cível de Joinville, Maurício Cavalazi Povoas, aceita o pedido de Recuperação Judicial do Grupo Busscar em 31 de outubro de 2011. Uma ironia do destino, 31 de outubro, se lembra?? Mesma data que Harold Nielson morreu em um trágico acidente aéreo em Joinville-SC. A Busscar então estava sujeita a intervenção judicial a partir de novembro 2011, mas também se viu com mais facilidade para conseguir novas encomendas para tocar a produção.
INTERVENTOR JUDICIAL ESPECIALIZADO
O juiz nomeia, então um administrador judicial para trabalhar nos pedidos que a justiça fizer em relação ao Plano de Recuperação Judicial, a apontar os erros que a empresa está cometendo em relação ao processo. Rainoldo Uessler, assume o comando e diz que não será difícil a recuperação da Busscar com o pagamento das dívidas mas que é sim possível reerguer a marca joinvilense.
ADVOGADO ESPECIALIZADO EM RECUPERAÇÕES JUDICIAIS
A Busscar Ônibus S.A, então contrata o advogado Euclides Ribeiro Júnior da ERS Consultoria e Advocacia LTDA. O advogado, então no início de novembro já recebe a imprensa da cidade em uma sala da Busscar, para mostrar os planos para uma grande volta da Busscar no mercado.
O PLANO
O Plano de Recuperação Judicial da Busscar, foi protocolado ao juiz Maurício Cavalazi Povoas, em 30 de dezembro de 2011, e também foi divulgado para funcionários e todos os credores do Grupo Busscar, veio janeiro de 2012, e as impugnações ao plano só aumentavam, BNDES, Celesc e Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região faziam impugnações que eram preocupantes para o Administrador Judicial. Agora com os prazos de impugnações se esgotando a Busscar já pensava em marcar a data para a então Assembleia de Credores do Grupo Busscar, a data de 22 de maio de 2012, foi escolhida e o local definido como o Centreventos Cau Hansen, em Joinville.
ENQUANTO ISSO PRODUÇÃO
A Busscar enquanto trabalhava para conseguir convencer os credores que a Recuperação Judicial era a melhor saída para a crise que a empresa entrou desde 2009, a produção continuava a todo vapor, claro que não produzia um veículo por dia, mas por semana eram entregues 3 a 5 carros.
Clientes reconquistados... A Busscar voltava a entregar os modelos com qualidade e tecnologia para clientes considerados grandes compradores da marca, vamos ver algumas encomendas que a Busscar entregou durante o período de Recuperação Judicial do grupo.
TRANSTUSA E GIDION
Foram entregues 14 unidades do Urbanuss Pluss II na versão Piso Baixo para Gidion e Trantusa sendo que cada empresa recebeu 7 unidades do modelo que vinha equipado com poltronas em plástico reforçado com fibra de vidro, climatizadores, espaço especial para pessoas cadeirantes e com deficiência.
OS DOUBLE-DECKER SUPER LUXO
Os Panorâmico DD para empresas como por exemplo, Viasul, Cristal Turismo, Mingoti Tur e Romeliza do Perú, faziam da Busscar uma marca que estava presente com seus produtos no mercado brasileiro de ônibus e também no mercado internacional de ônibus.
A produção da Busscar continuava a todo vapor, inclusive no carnaval no início do ano de 2012, o Administrador Judicial olhava para a linha de produção da Busscar e falava para a imprensa: ''é bonito de se ver'', essa era a frase de Rainoldo Uessler, que via sim uma evolução da Busscar em relação ao mercado estar sentindo falta dos produtos da marca e clientes vindo de longe para comprar produtos aqui em Joinville.
A Busscar contava com cerca de 600 funcionários na linha de montagem, e cerca de outros 200 na administração, financeiro e outros setores de escritório, os funcionários da linha de montagem recebiam por dia trabalhado um valor fixo para todos os setores da montagem de R$ 80.00, e tinham um recebimento semanal, ou seja, toda sexta-feira tinha dinheiro nas mãos dos operário da fábrica da Busscar, outros cargos como engenheiros, financeiro, projetistas, entre outros que não mexiam no encarroçamento de ônibus recebiam mensalmente como antes da crise. Por parte dos funcionários da fábrica e de outros da administração, já se tinha 100% de aprovação do plano, pois caso o plano fosse aprovado, eles teriam emprego garantido e ainda receberiam os seus créditos dentro do parcelamento previsto pela Busscar.
A PRIMEIRA ASSEMBLEIA
Era 22 de maio em Joinville, a Busscar estava na sua primeira assembleia de credores, o plano de recuperação judicial do Grupo Busscar estava despachado pelo juiz e poderia ser votado, cerca de 2 mil credores compareceram, alguns com procurações para votarem por seus colegas, mas neste dia não houve votação, o juiz Maurício Cavalazi Povoas, viu que a Busscar tinha irregularidades no plano e apontou os erros ao Administrador Judicial, Rainoldo Uessler, empresas já faziam propostas para desintegrar a Busscar do seu parque fabril e colocar outra indústria no local, mas foram somente especulações, o plano não foi votado pelo fato de que o juiz viu que o clima era sim de falência em uma possível votação do Plano de Recuperação Judicial da Busscar.
7 DE AGOSTO, NOVO TENTATIVA
2 mil credores, cadastrados com crachá, estavam em 7 de agosto novamente no Centreventos Cau Hansen em Joinville para tentar votar o Plano de Recuperação Judicial da Busscar, na última noite que antecedeu a assembleia de credores, o advogado da Busscar conseguiu uma grande chave para colocar a Busscar na estrada novamente, os ex-sócios da Busscar Randolfo Raiter e Valdir Nielson, tios do presidente da companhia, abriram mão de 300 milhões, pela proposta atual de 80 milhões de reais, o objetivo era colocar a marca Busscar no seu devido lugar, com esse voto a favor a Busscar tinha duas das três classes votantes aprovando o plano. Só recapitulando eram três classes votantes na assembleia de credores, que dependia da classificação do credor, a Classe Trabalhista que era representada pelos credores trabalhadores, a Classe Quirografários, que tinha os fornecedores, e credores que não se importavam com a forma de pagamento e a Classe Garantia Real que tinha credores como por exemplo bancos e fornecedores de créditos, que tinham como garantia os bens da Busscar. A Classe Trabalhista tinha aprovação, a Busscar tinha 1.900 votos a favor com as alterações no plano, contra 400 do Sindicato que era contra o plano, a Classe Quirografários que aprovava com o voto a favor dos ex-sócios que eram os maiores credores da classe, a única que faltava era a Classe Garantia Real que reprovava o Plano de Recuperação Judicial, o advogado da Busscar, então levantou a possibilidade de votar uma nova suspenção como objetivo de negociar com a Classe Garantia Real para ter 100% de aprovação do plano, evitando assim uma falência pela justiça, 85% aprovaram a suspenção, o que mostrava que queriam que a Busscar aprovasse o plano e voltasse a produzir a todo vapor.
25 DE SETEMBRO, A ÚLTIMA TENTATIVA
A Busscar entrava na sua terceira assembleia de credores, desta vez o Plano de Recuperação Judicial seria sim votado, nem que durasse mais de um dia para votar, aberta a votação e os credores todos organizados queriam aprovar logo o plano e acabar com essa agonia que poderia levar a Busscar para a falência, tudo ocorreu corretamente, a Classe Trabalhista aprovou o plano com 74% de SIM, a Classe Quirografários teve 175 dos 190 credores presentes com SIM, só faltava os bancos que tinha o Santander que era o maior credor da Classe Garantia Real, o banco havia dito que aprovaria o plano nas rodadas de negociação, o BNDES não se pronunciou afirmando que a Busscar tinha enviado a proposta muito em cima da hora, o Santander reprovou o plano e sequer deu alguma explicação, o BNDES então se encontrava em uma posição complicada, se aprovasse o plano, aprovava a Garantia Real e colocava a Busscar de volta no mercado para pagar as dívidas e produzir em massa, se reprovasse seria responsabilizado por deixar mais de 800 funcionários desempregados, se absteve e para a justiça catarinense considera abstenção como um NÃO ao plano, o que reprovou a Classe Garantia Real e jogando a decisão para o juiz Maurício Cavalazi Povoas que tinha retomado para o caso Busscar.
ACOMPANHE O ÚLTIMO EPISÓDIO DA SÉRIE ESPECIAL BUSSCAR, NO PRÓXIMO DOMINGO, NÃO PERCA!!!
domingo, 15 de setembro de 2013
ESPECIAL BUSSCAR: A BUSSCAR ENTRA NA SUA SEGUNDA CRISE
A Busscar tinha caído em uma grave crise financeira em 2002, mas conseguiu por meio de empréstimos e financiamentos, voltar ao mercado brasileiro e mundial por algum tempo. Mas infelizmente um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar, é o que acompanharemos hoje, no Especial Busscar.
TUDO ESTAVA BEM...
A Busscar vinha em um mercado aquecido, com forte demanda, a linha de produção em Joinville estava bombando, pessoas que trabalhavam na linha de montagem, cotam que eram entregues cerca de 20 a 25 unidades por dia, no período de 2007/2008. Só que para manter a linha rodando a Busscar necessitava de dinheiro, pois no negócio de produção de ônibus os pagamentos funcionam de um outro modelo que veremos logo depois. O dinheiro era emprestado de bancos, quando a Busscar recebia o valor das encomendas produzidas, pagava os bancos para pegar mais empréstimos, o que não podia acontecer era os bancos não emprestar dinheiro para a fabricante de carrocerias, pois a mesma não tinha lucro líquido por mês, se tivesse o que sobrava já iria para a linha de montagem na compra de matéria-prima. As despesas batiam com os lucros, não sobrava nada, esse dinheiro vinha dos bancos para manter a empresa girando com as encomendas.
COMO FUNCIONAVA O PAGAMENTO DA BUSSCAR
Vamos imaginar uma compra normal de um cliente na Busscar, ele encomendou 100 ônibus, o valor bruto das carrocerias é de 50 milhões de reais.
--------A Busscar pede o empréstimo ao banco de 50 milhões de reais e dá como garantia de pagamento o lote de carrocerias----------A Busscar compra matéria-prima, paga funcionários e tudo mais, e em 40 dias(vamos supor) as carrocerias estão prontas---------O cliente recebe as carrocerias, emplaca e já sai rodando-------A Busscar só vai receber 60 dias depois da entrega dos ônibus para o cliente.----
Então funcionava assim: leva 30 para produzir e 60 dias para receber, durante os 60 dias que a Busscar ficava sem receber necessitava de dinheiro para produzir os outros lotes que estão na fábrica.
A CRISE DE 2008...
Enquanto a Busscar lançava sua nova linha de ônibus rodoviários a crise lá fora estava assombrando os mercados de todos os tipos, mas com empréstimos sendo feitos a Busscar se garantia com uma produção e a crise de 2008 era esperada que não afetaria a empresa joinvilense de nenhuma forma, só era esperado.
A partir de outubro de 2008 a Busscar começou a ter problemas financeiros, os bancos começaram a diminuir a linha de crédito para a empresa, pois estavam com medo de que a Busscar também entraria em um processo de falência por conta dos indicadores econômicos estarem baixos, os bancos recusaram novos pedidos de empréstimo e a Busscar se viu isolada e entrando em uma pequena crise financeira. 2009 chegou e a encarroçadora já tinha novos planos, foi conseguindo empréstimos com bancos que não foram pagos, empréstimos para manter pelo menos em 2009 uma produção considerada razoável para o mercado brasileiro e mundial, mas tudo vinha se complicando. Lançou o Panorâmico DD e o novo Urbanuss Pluss mas nada disso adiantou, na verdade teve mais encomendas desses produtos só que não tinha dinheiro para tocar a produção que acabou parando no ano seguinte.
O DESESPERO BATE NA PORTA DA BUSSCAR...
A Busscar estava encerrando o ano de 2009 com a venda do seu Grenil, que era o local de recreação e descanso de funcionários e seus familiares nas festas de fim de ano e finais de semana, foi vendido para pelo menos pagar 50% do 13º salário dos funcionários da linha de montagem que já estavam alguns de saída da Busscar para 2010. 2010 chegou, e a Busscar nos meses de janeiro e fevereiro conseguiu manter uma pequena produção que atingia o mercado brasileiro e também ao grande Projeto Guatemala que estava sendo iniciado em 2010, tinha também a renovação de frota da Transtusa e Gidion e a licitação para os aeroportos do Brasil com a Infraero, encomendas não faltavam mas dinheiro sim. Em março, abril e maio a empresa só foi de mal a pior.
PARA BRASÍLIA!!!
Primeiro protestos em Joinville, grandes passeatas que reuniam cerca de 1.500 trabalhadores da Busscar, depois a ideia de ir para Brasília e pedir apoio ao então Presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, para a liberação de 621 milhões de reais que a Busscar tinha direito por Crédito IPI, o dinheiro é claro, seria usado para salvar a Busscar da crise e colocar a empresa pela segunda vez subindo a colina e não descendo como estava acontecendo. 40 ônibus locados e emprestados por empresas de ônibus do Brasil tomaram o rumo da capital federal, lá a Busscar tentava com funcionários juntos com o presidente da empresa Cláudio Nielson e políticos da região de Joinville como Kennedy Nunes, Deputado Vieira, entre outros verbas ou soluções junto ao BNDES para salvar a empresa da crise financeira. Mas não adiantou a Busscar não receberia o dinheiro do governo e teria que se virar sozinha se quisesse voltar a ser uma das maiores encarroçadoras de ônibus do Brasil e do mundo.
VOLTANDO PARA JOINVILLE, CONVERSAS
Na volta para Joinville, a Busscar não tinha mais como continuar produzindo, não havia mais dinheiro no caixa da empresa e a Busscar acabou começando a não pagar salários para seus funcionários gerando insatisfação de muitos e deixando os mesmos com dificuldade financeira, no início de 2010 foi feito um PDV Plano de Demissões Voluntárias em que 1.000 trabalhadores aderiram ao plano, a Busscar em junho 2010 contava ainda com 3.100 trabalhadores que estavam desligados por tempo indeterminado. A linha de montagem ainda com encomendas para serem entregues ficou parada junho, julho, agosto e setembro de 2010, voltou em outubro assim que a Busscar negociou juntamente com o Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região a venda de um terreno por cerca de 5 milhões para gerar caixa de produção e conseguir entregar as unidades para a Infraero e para a Gidion e Transtusa.
2011...
A Busscar iniciou o ano de 2011, não pagando os salários de 2010, já inciou com dividas que somavam na época 600 milhões de reais, que não seriam pagas tão sendo, vendo a situação da linha de montagem ainda dava para perceber que clientes confiavam seriamente na marca Busscar, carrocerias para Açaitur Turismo, Projeto Guatemala, Transazul e inclusive para a Rede Globo estavam na linha de montagem durante todo o ano de 2011, que teve as surpresas que ninguém esperava.
LEILÃO DETERMINADO PELA JUSTIÇA...
A Justiça determinou por ordem a venda dos bens da Busscar Ônibus S.A, começando pelos menores e também pelos não produtivos pois a empresa ainda estava rodando razoavelmente, a primeira venda foi determinada pela Justiça em agosto de 2011, para vender por leilão um escritório e algumas garagens em Florianópolis onde funcionava um representante comercial da Busscar, o leilão só arrecadou 21 mil reais e vendeu duas vagas de garagens, a Justiça então esfriou s leilões e quando iria retomar com maiores dimensões, a Busscar entra com um pedido de Recuperação Judicial, era a última tentativa para salvar a Busscar da falência.
SEMANA QUE VEM TEM O PENÚLTIMO EPISÓDIO DO ESPECIAL BUSSCAR NÃO PERCA!!!!
domingo, 8 de setembro de 2013
ESPECIAL BUSSCAR: A RECUPERAÇÃO DA BUSSCAR
A Busscar tem um novo presidente: Cláudio Nielson, o filho mais novo do casal Nielson. Uma tarefa complicada para ele, colocar a Busscar no lugar em que merecia estar, brigando pela liderança de mercado, com suas grandes concorrentes.
A Busscar havia caído em uma queda livre, de 2000 até 2003, a empresa baixou totalmente o ritmo de produção e não conseguia mais voltar a produzir em quantidade. Foi difícil as negociações para dar a tacada inicial para a recuperação da Busscar Ônibus S.A, veja agora.
BUSSCAR EM PRODUÇÃO DE CARROÇERIAS:
1999 - 3.599
2000 - 5.458
2001 - 5.538
2002 - 2.130
2003 - 957
RESPECTIVAMENTE EM PARTICIPAÇÃO NO MERCADO ÔNIBUS:
1999 - 29%
2000 - 32%
2001 - 31%
2002 - 10%
2003 - 5%
A Busscar então, parte para uma negociação de um possível empréstimo, de cerca de 30 milhões de reais do BNDES, e cerca de 13 milhões de reais que seriam dados por montadoras de chassis, em troca recebendo ônibus da Busscar, a situação financeira da encarroçadora estava voltando ao normal, o empréstimo foi liberado em 2003, para ser investido em 2004, que tinha a meta de produzir cerca mais de 2.000 unidades naquele ano. Tudo estava acertado para a encarroçadora joinvilense voltar a bombar no mercado interno e também externo.
SAÍDA DA CRISE EM PRODUÇÃO DE CARROÇERIAS:
2004 - 1.458 -------- 7,9%
2005 - 2.885 -------- 13%
2006 - 3.996 -------- 16%
2007 - 4.381 -------- 15 %
2008 - 4.752 -------- 15%
As metas projetadas por Cláudio Nielson em 2003 não foram totalmente alcançadas pois havia uma projeção de produzir cerca de 6.200 unidades em 2008, mas a Busscar teve sim uma boa recuperação e estava no mercado novamente.
PARA CHEGAR DE NOVO AO AUGE, NEGOCIAÇÕES LONGAS...
Durante o ano de 2003, políticos como Luiz Henrique da Silveira e sindicalistas como Orony João de Paula Júnior então presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, interferiram nas negociações para conseguir a liberação de 30 milhões de reais para a recuperação da Busscar.
O BNDES , que na época considerava que não poderia emprestar dinheiro para uma empresa considerada falida, mas o banco liberaria o empréstimo para a Busscar com algumas mudanças e exceções que deveriam ser feitas pela atual diretoria, entre eles:
- A saída de Edson Andrade da Busscar, que era apoiada pelo Sindicato dos Mecânicos na época;
- O impasse na compra de ações dos sócios da Busscar, Randolfo Raiter e Valdir Nielson, teria que acabar, a Busscar então anunciava um acordo com os ex-sócios de cerca de 98 milhões de reais.
Assim o BNDES liberou 30 milhões e a Busscar ainda conseguiu empréstimo de 10 milhões com a Mercedes-Benz, 3 milhões com a Volvo e 2 milhões como recuperação de PIS e Cofins, a encarroçadora conseguia cerca de 45 milhões de reais para investir em sua linha de produção.
As fábricas no exterior como Transbuss de Cuba, Busscar de México, Busscar de Colômbia e Vest-Busscar na Noruega, continuavam as atividades na Busscar, claro com menos fôlego do que nos anos anteriores.
PARA CRESCER, ENCOMENDAS...
Para recomeçar a produção a Busscar precisava, é claro, de encomendas em grande quantidade, novos projetos foram colocados em prática e tudo o que tinha de bom e tecnológico no mercado estava presente no produto da Busscar, vamos ver algumas das principais encomendas da Busscar Ônibus S.A.
Urbanuss Pluss
Metra - São Paulo
44 unidades
Os modelos urbanos de piso baixo (Low Floor), vinham equipados com chassi HVR/Busscar de produção própria da Busscar, vidros colados panorâmicos, ar condicionado Climabuss A20T e com uma capacidade de 100 passageiros 44 sentados e 56 em pé.
Jum Buss 360
Gontijo
105 unidades
As carrocerias do modelo rodoviário da Busscar vinham equipadas com 46 poltronas Leito Turismo, Ar Condicionado Climabuss, sanitário pressurizado, TV/DVD, cm chassi Scania K124 IB 6x2 com 420 cavalos de potência e câmbio Confort Shift.
Urbanuss Pluss
KPTC - Kuwait Public Transport Corporation - Kuwait
86 unidades
As carrocerias do modelo urbano, são climatizadas e antendem a várias cidades do país no Oriente Médio.
SEMANA QUE VEM TEM MAIS!!!!!
A Busscar havia caído em uma queda livre, de 2000 até 2003, a empresa baixou totalmente o ritmo de produção e não conseguia mais voltar a produzir em quantidade. Foi difícil as negociações para dar a tacada inicial para a recuperação da Busscar Ônibus S.A, veja agora.
BUSSCAR EM PRODUÇÃO DE CARROÇERIAS:
1999 - 3.599
2000 - 5.458
2001 - 5.538
2002 - 2.130
2003 - 957
RESPECTIVAMENTE EM PARTICIPAÇÃO NO MERCADO ÔNIBUS:
1999 - 29%
2000 - 32%
2001 - 31%
2002 - 10%
2003 - 5%
A Busscar então, parte para uma negociação de um possível empréstimo, de cerca de 30 milhões de reais do BNDES, e cerca de 13 milhões de reais que seriam dados por montadoras de chassis, em troca recebendo ônibus da Busscar, a situação financeira da encarroçadora estava voltando ao normal, o empréstimo foi liberado em 2003, para ser investido em 2004, que tinha a meta de produzir cerca mais de 2.000 unidades naquele ano. Tudo estava acertado para a encarroçadora joinvilense voltar a bombar no mercado interno e também externo.
SAÍDA DA CRISE EM PRODUÇÃO DE CARROÇERIAS:
2004 - 1.458 -------- 7,9%
2005 - 2.885 -------- 13%
2006 - 3.996 -------- 16%
2007 - 4.381 -------- 15 %
2008 - 4.752 -------- 15%
As metas projetadas por Cláudio Nielson em 2003 não foram totalmente alcançadas pois havia uma projeção de produzir cerca de 6.200 unidades em 2008, mas a Busscar teve sim uma boa recuperação e estava no mercado novamente.
PARA CHEGAR DE NOVO AO AUGE, NEGOCIAÇÕES LONGAS...
Durante o ano de 2003, políticos como Luiz Henrique da Silveira e sindicalistas como Orony João de Paula Júnior então presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, interferiram nas negociações para conseguir a liberação de 30 milhões de reais para a recuperação da Busscar.
O BNDES , que na época considerava que não poderia emprestar dinheiro para uma empresa considerada falida, mas o banco liberaria o empréstimo para a Busscar com algumas mudanças e exceções que deveriam ser feitas pela atual diretoria, entre eles:
- A saída de Edson Andrade da Busscar, que era apoiada pelo Sindicato dos Mecânicos na época;
- O impasse na compra de ações dos sócios da Busscar, Randolfo Raiter e Valdir Nielson, teria que acabar, a Busscar então anunciava um acordo com os ex-sócios de cerca de 98 milhões de reais.
Assim o BNDES liberou 30 milhões e a Busscar ainda conseguiu empréstimo de 10 milhões com a Mercedes-Benz, 3 milhões com a Volvo e 2 milhões como recuperação de PIS e Cofins, a encarroçadora conseguia cerca de 45 milhões de reais para investir em sua linha de produção.
As fábricas no exterior como Transbuss de Cuba, Busscar de México, Busscar de Colômbia e Vest-Busscar na Noruega, continuavam as atividades na Busscar, claro com menos fôlego do que nos anos anteriores.
PARA CRESCER, ENCOMENDAS...
Para recomeçar a produção a Busscar precisava, é claro, de encomendas em grande quantidade, novos projetos foram colocados em prática e tudo o que tinha de bom e tecnológico no mercado estava presente no produto da Busscar, vamos ver algumas das principais encomendas da Busscar Ônibus S.A.
Urbanuss Pluss
Metra - São Paulo
44 unidades
Os modelos urbanos de piso baixo (Low Floor), vinham equipados com chassi HVR/Busscar de produção própria da Busscar, vidros colados panorâmicos, ar condicionado Climabuss A20T e com uma capacidade de 100 passageiros 44 sentados e 56 em pé.
Jum Buss 360
Gontijo
105 unidades
As carrocerias do modelo rodoviário da Busscar vinham equipadas com 46 poltronas Leito Turismo, Ar Condicionado Climabuss, sanitário pressurizado, TV/DVD, cm chassi Scania K124 IB 6x2 com 420 cavalos de potência e câmbio Confort Shift.
Urbanuss Pluss
KPTC - Kuwait Public Transport Corporation - Kuwait
86 unidades
As carrocerias do modelo urbano, são climatizadas e antendem a várias cidades do país no Oriente Médio.
SEMANA QUE VEM TEM MAIS!!!!!
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
NOTÍCIAS: BUSSCAR TEM VENDA DE BENS AUTORIZADA PELA JUSTIÇA
A Busscar Ônibus S.A, que teve sua falência decretada à quase um ano teve a primeira decisão para os primeiros passos do leilão de bens para tentar quitar as dívidas daquela que já foi a concorrente direta da Marcopolo. O juiz da 5ª Vara Cível de Joinville, Marco Augusto Ghisi Machado, que é responsável pelo caso da Busscar liberou a venda de alguns bens da ex-fabricante de carrocerias. O magistrado também deu o prazo de 48 horas (2 dias) ao administrador judicial da massa falida Rainoldo Uessler para nomear o leiloeiro público do leilão, nessa primeira parte do leilão as propostas poderão ser fechadas feitas via pregão, mas nas próximas vendas serão por leilão presencial, ou seja, com interessados presentes no local do leilão.
O QUE SERÁ VENDIDO...
- O juiz liberou a venda de peças de reposição que estão nas oficinas autorizadas e representantes da Busscar por todo o país, como por exemplo - retrovisores, vidros, luminárias, poltronas, tudo que estiver no estoque de reposição da Busscar, inclusive no galpão de Serviços ao Cliente localizado na rua Rui Barbosa em Joinville.
VALOR: 23 milhões (avaliado)
DATA: segundo Rainoldo Uessler o leilão está previsto para ocorrer em outubro deste ano.
SITUAÇÃO DA MASSA FALIDA BUSSCAR
Veja agora um resumão de como está a situação da massa falida do Grupo Busscar, avaliação de bens, projeções para leilões, entre outros
AVALIAÇÕES DE BENS GRUPO BUSSCAR
- Tecnofibras HVR Automotiva S.A
O processo de avaliação de bens da Tecnofibras está em etapas finais, segundo Uessler a empresa está faturando entre 6 e 7 milhões por mês e só cresceu desde a falência da Busscar Ônibus S.A, por enquanto a venda está projetada para o primeiro semestre de 2014.
- Busscar Ônibus S.A
Tudo o que é ligado a produção de ônibus está sendo avaliado, o grupo de perícia indicado pela justiça está avaliando o negócio Busscar, que inclui as divisões Busscar Matriz, Busscar Plásticos e Busscar Plásticos divisão Rio Negrinho-SC, também está sendo levado em conta os terrenos e chácaras que estão em nome do Grupo Busscar, tudo está sendo avaliado em conjunto, para possivelmente ser vendido durante o ano de 2014.
SITUAÇÃO DAS EMPRESAS
- Tecnofibras HVR Automotiva S.A
No Brasil a única do Grupo Busscar que ainda está rodando, faturando entre 6 e 7 milhões por mês e com cerca de 1.000 funcionários, no final de 2011 quase foi vendida, na época estava avaliada em 60 milhões de reais, preço que também é esperado pelo mercado atualmente.
- Busscar Ônibus S.A
Como todos já sabem a Busscar parou faz quase um ano, todas as suas divisões também, só a Busscar Plásticos Joinville que produz algumas peças para a Tecnofibras, mas não é em grande escala e também nada que dê lucro ao negócio ônibus.
- Climabuss S.A
A Climabuss foi fechada pelos seus donos, a empresa continuo rodando até fevereiro deste ano, após registrar os meses de outubro e novembro de 2012 com lucro líquido na média prevista, a empresa que produzia aparelhos de climatização e refrigeração para ônibus de todos os segmentos, inclusive para as concorrentes da Busscar, teve um prejuízo de 54 milhões em dezembro de 2012 e 52 milhões em janeiro 2013, o juiz na época optou pelo fechamento da Climabuss que se encontra fechada e será vendida também no ano que vem.
- Busscar Colômbia S.A
A Busscar Colômbia S.A, que possui 40% de parceria com a brasileira Busscar, continua firme e forte no segmento de carrocerias, hoje possui o primeiro Double-Decker da Colômbia, lançado em maio e também conta com uma linha de montagem com cerca de 2.000 operários e teve lucro estimado de 150 milhões em 2012.
By: TheLosDrivers...
domingo, 1 de setembro de 2013
ESPECIAL BUSSCAR: O PRIMEIRO TROPEÇO
A Busscar prosperava. Essa era a frase que dava para se notar do que estava acontecendo na Busscar entre 1999 e 2001. Edson Andrade, na foto de terno preto, recebia em 2001 o prêmio Top Marketing Exportação 2001, o vice-presidente da Busscar vivia um momento de negociações e negócios no exterior para internacionalizar a encarroçadora joinvillense. As apostas eram muito altas e de grande tamanho empresarial. Tudo começou antes de tudo se implodir em uma ver grave crise financeira, vamos ver tudo isso.
1999 - A HORA DO MÉXICO
O mercado mexicano estava precisando de uma renovação constante, para isso Edson Andrade em seu primeiro ano na vice-presidência da Busscar, já comprou e investiu cerca de 50 milhões de dólares em 1999, na compra da Omnibus Integrales S.A, encarroçadora mexicana que fez parceria com a Busscar no México, a Busscar comprava naquela época 100% do negócio México. Os projetos eram desenvolvidos no México a algumas unidades eram montadas na fábrica de Joinville e enviadas para o México dentro de containers em projeto especial CKD, o ônibus semi-montado ou em partes para ser terminado no país de destino, o mercado não deixou a desejar, estava aquecido no México por lá foram produzidos veículos Urbanuss Pluss Articulado e Biarticulado, Urbanuss Pluss Tour, Panorâmico DD, inclusive a linha Elegance a partir de 2008.
1999 - CONTRATO MILIONÁRIO COM CUBA
Em Cuba, Edson Andrade firmou negócio diretamente com o Governo Cubano da época, para fornecimento de 1.400 urbanos para circular em ruas cubanas. Os modelos Urbanuss eram adaptados para o mercado interno de Cuba e seriam enviados ao país em forma de projeto especial CKD novamente para serem montados em uma fábrica local.
2000 - A FÁBRICA EM CUBA
Em Cuba, iniciava uma nova Busscar, mais uma no globo terrestre, em parceria novamente com o Governo Cubano, Edson Andrade queria produzir ônibus para o mercado cubano e caribe que também visava um crescimento, principalmente em veículos do Panorâmico DD para turismo de luxo e alto padrão. Então um investimento de uma fábrica totalmente reformada à 30 KM de Havana, capital do país, na cidade de Guanajay, o modelo de fábrica e qualidade era brasileiro Busscar, pois no primeiro ano engenheiros enviados de Joinville para Cuba, treinavam os operários na montagem dos produtos e também viam o maquinário da fábrica cubana.
2001 - NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
A Busscar começava negócios ainda mais desenvolvidos, na Europa, firmou um contrato que visava mandar tecnologia para uma fábrica na Noruega a Vest Karroserie. A empresa norueguesa teria total patente dos produtos Busscar do Brasil para utilizar na sua produção, que passou a ser chamada a marca de Vest-Busscar, a fábrica tinha o objetivo de produzir veículos micros, urbanos e rodoviários para o mercado interno e europeu, a Busscar teria participação acionária na encarroçadora escandinava.
2001 - MERCADO ANDINO
A Busscar ainda investiu em 2001, em um negócio nos países vizinhos, a Colômbia e a Venezuela. Na Colômbia a encarroçadora visava cada vez mais produzir ônibus para o sistema de transporte de massa os chamados BRT, a empresa tinha a visão de produzir para a capital Bogotá e outras importantes cidades da Colômbia que teriam o crescimento esperado da linha BRT. Para isso entrou com 40% no negócio com a Omnibus del Oriente S.A, e escolheu como presidente Roberto Galvez Montealegre, que até hoje comanda os negócios do mercado colombiano, a fábrica já estava pronta e a Busscar entrou com a sua ampla gama de produtos micro, urbano e rodoviários leves para o mercado da Colômbia, até hoje o negócio está rodando e lucrando bastante para a marca Busscar. Já na Venezuela o plano era produzir à 450 KM da capital Caracas na Vezuela cerca de 440 ônibus por ano entre micros, urbanos e rodoviários (produção que um mês a Busscar Joinville tinha) para o mercado venezuelano e também parte do mercado andino, mas negócio não se concretizou pela vinda do negócio lucrativo da Colômbia.
2001 - CLIMABUSS
Vem ainda em 2001, o negócio da Climabuss, negócio fechado entre Busscar e sócios argentinos, para produção em larga escala de produtos tecnológicos de ar condicionado e climatização para ônibus, assim baixando o custo de produção da Busscar e também colocando o produto para rodar em ônibus das concorrentes como por exemplo NeoBus e Comil.
MUITOS NEGÓCIOS E O DINHEIRO????
A Busscar começou a investir demais em negócios no estrangeiro e acabou derrubando a produção do Brasil, quando foram ver a situação da empresa em Joinville, a produção tinha caído de 5.500 em 2001, para cerca de 990 em 2003, uma queda livre pura. Edson Andrade decidiu então '' largar o barco enquanto ele não afunda ''. Entra então Claudio Nielson no comando da Busscar, que lembra do que se dizia na época - ''Tem que tirar o sr. Andrade e colocar aquele jovem (Cláudio) que é mais fácil dele cair sozinho.'' Claudio Nielson então assume de vez como presidente da Busscar e já visa a recuperação da Busscar para o começo de uma nova página na história da Busscar que veremos semana que vem.
NÃO PERCA SEMANA QUE VEM TEM MAIS!!!!!!
By: TheLosDrivers
1999 - A HORA DO MÉXICO
O mercado mexicano estava precisando de uma renovação constante, para isso Edson Andrade em seu primeiro ano na vice-presidência da Busscar, já comprou e investiu cerca de 50 milhões de dólares em 1999, na compra da Omnibus Integrales S.A, encarroçadora mexicana que fez parceria com a Busscar no México, a Busscar comprava naquela época 100% do negócio México. Os projetos eram desenvolvidos no México a algumas unidades eram montadas na fábrica de Joinville e enviadas para o México dentro de containers em projeto especial CKD, o ônibus semi-montado ou em partes para ser terminado no país de destino, o mercado não deixou a desejar, estava aquecido no México por lá foram produzidos veículos Urbanuss Pluss Articulado e Biarticulado, Urbanuss Pluss Tour, Panorâmico DD, inclusive a linha Elegance a partir de 2008.
1999 - CONTRATO MILIONÁRIO COM CUBA
Em Cuba, Edson Andrade firmou negócio diretamente com o Governo Cubano da época, para fornecimento de 1.400 urbanos para circular em ruas cubanas. Os modelos Urbanuss eram adaptados para o mercado interno de Cuba e seriam enviados ao país em forma de projeto especial CKD novamente para serem montados em uma fábrica local.
2000 - A FÁBRICA EM CUBA
Em Cuba, iniciava uma nova Busscar, mais uma no globo terrestre, em parceria novamente com o Governo Cubano, Edson Andrade queria produzir ônibus para o mercado cubano e caribe que também visava um crescimento, principalmente em veículos do Panorâmico DD para turismo de luxo e alto padrão. Então um investimento de uma fábrica totalmente reformada à 30 KM de Havana, capital do país, na cidade de Guanajay, o modelo de fábrica e qualidade era brasileiro Busscar, pois no primeiro ano engenheiros enviados de Joinville para Cuba, treinavam os operários na montagem dos produtos e também viam o maquinário da fábrica cubana.
2001 - NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
A Busscar começava negócios ainda mais desenvolvidos, na Europa, firmou um contrato que visava mandar tecnologia para uma fábrica na Noruega a Vest Karroserie. A empresa norueguesa teria total patente dos produtos Busscar do Brasil para utilizar na sua produção, que passou a ser chamada a marca de Vest-Busscar, a fábrica tinha o objetivo de produzir veículos micros, urbanos e rodoviários para o mercado interno e europeu, a Busscar teria participação acionária na encarroçadora escandinava.
2001 - MERCADO ANDINO
A Busscar ainda investiu em 2001, em um negócio nos países vizinhos, a Colômbia e a Venezuela. Na Colômbia a encarroçadora visava cada vez mais produzir ônibus para o sistema de transporte de massa os chamados BRT, a empresa tinha a visão de produzir para a capital Bogotá e outras importantes cidades da Colômbia que teriam o crescimento esperado da linha BRT. Para isso entrou com 40% no negócio com a Omnibus del Oriente S.A, e escolheu como presidente Roberto Galvez Montealegre, que até hoje comanda os negócios do mercado colombiano, a fábrica já estava pronta e a Busscar entrou com a sua ampla gama de produtos micro, urbano e rodoviários leves para o mercado da Colômbia, até hoje o negócio está rodando e lucrando bastante para a marca Busscar. Já na Venezuela o plano era produzir à 450 KM da capital Caracas na Vezuela cerca de 440 ônibus por ano entre micros, urbanos e rodoviários (produção que um mês a Busscar Joinville tinha) para o mercado venezuelano e também parte do mercado andino, mas negócio não se concretizou pela vinda do negócio lucrativo da Colômbia.
2001 - CLIMABUSS
Vem ainda em 2001, o negócio da Climabuss, negócio fechado entre Busscar e sócios argentinos, para produção em larga escala de produtos tecnológicos de ar condicionado e climatização para ônibus, assim baixando o custo de produção da Busscar e também colocando o produto para rodar em ônibus das concorrentes como por exemplo NeoBus e Comil.
MUITOS NEGÓCIOS E O DINHEIRO????
A Busscar começou a investir demais em negócios no estrangeiro e acabou derrubando a produção do Brasil, quando foram ver a situação da empresa em Joinville, a produção tinha caído de 5.500 em 2001, para cerca de 990 em 2003, uma queda livre pura. Edson Andrade decidiu então '' largar o barco enquanto ele não afunda ''. Entra então Claudio Nielson no comando da Busscar, que lembra do que se dizia na época - ''Tem que tirar o sr. Andrade e colocar aquele jovem (Cláudio) que é mais fácil dele cair sozinho.'' Claudio Nielson então assume de vez como presidente da Busscar e já visa a recuperação da Busscar para o começo de uma nova página na história da Busscar que veremos semana que vem.
NÃO PERCA SEMANA QUE VEM TEM MAIS!!!!!!
By: TheLosDrivers
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