A Busscar tem um novo presidente: Cláudio Nielson, o filho mais novo do casal Nielson. Uma tarefa complicada para ele, colocar a Busscar no lugar em que merecia estar, brigando pela liderança de mercado, com suas grandes concorrentes.
A Busscar havia caído em uma queda livre, de 2000 até 2003, a empresa baixou totalmente o ritmo de produção e não conseguia mais voltar a produzir em quantidade. Foi difícil as negociações para dar a tacada inicial para a recuperação da Busscar Ônibus S.A, veja agora.
BUSSCAR EM PRODUÇÃO DE CARROÇERIAS:
1999 - 3.599
2000 - 5.458
2001 - 5.538
2002 - 2.130
2003 - 957
RESPECTIVAMENTE EM PARTICIPAÇÃO NO MERCADO ÔNIBUS:
1999 - 29%
2000 - 32%
2001 - 31%
2002 - 10%
2003 - 5%
A Busscar então, parte para uma negociação de um possível empréstimo, de cerca de 30 milhões de reais do BNDES, e cerca de 13 milhões de reais que seriam dados por montadoras de chassis, em troca recebendo ônibus da Busscar, a situação financeira da encarroçadora estava voltando ao normal, o empréstimo foi liberado em 2003, para ser investido em 2004, que tinha a meta de produzir cerca mais de 2.000 unidades naquele ano. Tudo estava acertado para a encarroçadora joinvilense voltar a bombar no mercado interno e também externo.
SAÍDA DA CRISE EM PRODUÇÃO DE CARROÇERIAS:
2004 - 1.458 -------- 7,9%
2005 - 2.885 -------- 13%
2006 - 3.996 -------- 16%
2007 - 4.381 -------- 15 %
2008 - 4.752 -------- 15%
As metas projetadas por Cláudio Nielson em 2003 não foram totalmente alcançadas pois havia uma projeção de produzir cerca de 6.200 unidades em 2008, mas a Busscar teve sim uma boa recuperação e estava no mercado novamente.
PARA CHEGAR DE NOVO AO AUGE, NEGOCIAÇÕES LONGAS...
Durante o ano de 2003, políticos como Luiz Henrique da Silveira e sindicalistas como Orony João de Paula Júnior então presidente do Sindicato dos Mecânicos de Joinville e Região, interferiram nas negociações para conseguir a liberação de 30 milhões de reais para a recuperação da Busscar.
O BNDES , que na época considerava que não poderia emprestar dinheiro para uma empresa considerada falida, mas o banco liberaria o empréstimo para a Busscar com algumas mudanças e exceções que deveriam ser feitas pela atual diretoria, entre eles:
- A saída de Edson Andrade da Busscar, que era apoiada pelo Sindicato dos Mecânicos na época;
- O impasse na compra de ações dos sócios da Busscar, Randolfo Raiter e Valdir Nielson, teria que acabar, a Busscar então anunciava um acordo com os ex-sócios de cerca de 98 milhões de reais.
Assim o BNDES liberou 30 milhões e a Busscar ainda conseguiu empréstimo de 10 milhões com a Mercedes-Benz, 3 milhões com a Volvo e 2 milhões como recuperação de PIS e Cofins, a encarroçadora conseguia cerca de 45 milhões de reais para investir em sua linha de produção.
As fábricas no exterior como Transbuss de Cuba, Busscar de México, Busscar de Colômbia e Vest-Busscar na Noruega, continuavam as atividades na Busscar, claro com menos fôlego do que nos anos anteriores.
PARA CRESCER, ENCOMENDAS...
Para recomeçar a produção a Busscar precisava, é claro, de encomendas em grande quantidade, novos projetos foram colocados em prática e tudo o que tinha de bom e tecnológico no mercado estava presente no produto da Busscar, vamos ver algumas das principais encomendas da Busscar Ônibus S.A.
Urbanuss Pluss
Metra - São Paulo
44 unidades
Os modelos urbanos de piso baixo (Low Floor), vinham equipados com chassi HVR/Busscar de produção própria da Busscar, vidros colados panorâmicos, ar condicionado Climabuss A20T e com uma capacidade de 100 passageiros 44 sentados e 56 em pé.
Jum Buss 360
Gontijo
105 unidades
As carrocerias do modelo rodoviário da Busscar vinham equipadas com 46 poltronas Leito Turismo, Ar Condicionado Climabuss, sanitário pressurizado, TV/DVD, cm chassi Scania K124 IB 6x2 com 420 cavalos de potência e câmbio Confort Shift.
Urbanuss Pluss
KPTC - Kuwait Public Transport Corporation - Kuwait
86 unidades
As carrocerias do modelo urbano, são climatizadas e antendem a várias cidades do país no Oriente Médio.
SEMANA QUE VEM TEM MAIS!!!!!
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