A Busscar prosperava. Essa era a frase que dava para se notar do que estava acontecendo na Busscar entre 1999 e 2001. Edson Andrade, na foto de terno preto, recebia em 2001 o prêmio Top Marketing Exportação 2001, o vice-presidente da Busscar vivia um momento de negociações e negócios no exterior para internacionalizar a encarroçadora joinvillense. As apostas eram muito altas e de grande tamanho empresarial. Tudo começou antes de tudo se implodir em uma ver grave crise financeira, vamos ver tudo isso.
1999 - A HORA DO MÉXICO
O mercado mexicano estava precisando de uma renovação constante, para isso Edson Andrade em seu primeiro ano na vice-presidência da Busscar, já comprou e investiu cerca de 50 milhões de dólares em 1999, na compra da Omnibus Integrales S.A, encarroçadora mexicana que fez parceria com a Busscar no México, a Busscar comprava naquela época 100% do negócio México. Os projetos eram desenvolvidos no México a algumas unidades eram montadas na fábrica de Joinville e enviadas para o México dentro de containers em projeto especial CKD, o ônibus semi-montado ou em partes para ser terminado no país de destino, o mercado não deixou a desejar, estava aquecido no México por lá foram produzidos veículos Urbanuss Pluss Articulado e Biarticulado, Urbanuss Pluss Tour, Panorâmico DD, inclusive a linha Elegance a partir de 2008.
1999 - CONTRATO MILIONÁRIO COM CUBA
Em Cuba, Edson Andrade firmou negócio diretamente com o Governo Cubano da época, para fornecimento de 1.400 urbanos para circular em ruas cubanas. Os modelos Urbanuss eram adaptados para o mercado interno de Cuba e seriam enviados ao país em forma de projeto especial CKD novamente para serem montados em uma fábrica local.
2000 - A FÁBRICA EM CUBA
Em Cuba, iniciava uma nova Busscar, mais uma no globo terrestre, em parceria novamente com o Governo Cubano, Edson Andrade queria produzir ônibus para o mercado cubano e caribe que também visava um crescimento, principalmente em veículos do Panorâmico DD para turismo de luxo e alto padrão. Então um investimento de uma fábrica totalmente reformada à 30 KM de Havana, capital do país, na cidade de Guanajay, o modelo de fábrica e qualidade era brasileiro Busscar, pois no primeiro ano engenheiros enviados de Joinville para Cuba, treinavam os operários na montagem dos produtos e também viam o maquinário da fábrica cubana.
2001 - NEGÓCIOS ESTRANGEIROS
A Busscar começava negócios ainda mais desenvolvidos, na Europa, firmou um contrato que visava mandar tecnologia para uma fábrica na Noruega a Vest Karroserie. A empresa norueguesa teria total patente dos produtos Busscar do Brasil para utilizar na sua produção, que passou a ser chamada a marca de Vest-Busscar, a fábrica tinha o objetivo de produzir veículos micros, urbanos e rodoviários para o mercado interno e europeu, a Busscar teria participação acionária na encarroçadora escandinava.
2001 - MERCADO ANDINO
A Busscar ainda investiu em 2001, em um negócio nos países vizinhos, a Colômbia e a Venezuela. Na Colômbia a encarroçadora visava cada vez mais produzir ônibus para o sistema de transporte de massa os chamados BRT, a empresa tinha a visão de produzir para a capital Bogotá e outras importantes cidades da Colômbia que teriam o crescimento esperado da linha BRT. Para isso entrou com 40% no negócio com a Omnibus del Oriente S.A, e escolheu como presidente Roberto Galvez Montealegre, que até hoje comanda os negócios do mercado colombiano, a fábrica já estava pronta e a Busscar entrou com a sua ampla gama de produtos micro, urbano e rodoviários leves para o mercado da Colômbia, até hoje o negócio está rodando e lucrando bastante para a marca Busscar. Já na Venezuela o plano era produzir à 450 KM da capital Caracas na Vezuela cerca de 440 ônibus por ano entre micros, urbanos e rodoviários (produção que um mês a Busscar Joinville tinha) para o mercado venezuelano e também parte do mercado andino, mas negócio não se concretizou pela vinda do negócio lucrativo da Colômbia.
2001 - CLIMABUSS
Vem ainda em 2001, o negócio da Climabuss, negócio fechado entre Busscar e sócios argentinos, para produção em larga escala de produtos tecnológicos de ar condicionado e climatização para ônibus, assim baixando o custo de produção da Busscar e também colocando o produto para rodar em ônibus das concorrentes como por exemplo NeoBus e Comil.
MUITOS NEGÓCIOS E O DINHEIRO????
A Busscar começou a investir demais em negócios no estrangeiro e acabou derrubando a produção do Brasil, quando foram ver a situação da empresa em Joinville, a produção tinha caído de 5.500 em 2001, para cerca de 990 em 2003, uma queda livre pura. Edson Andrade decidiu então '' largar o barco enquanto ele não afunda ''. Entra então Claudio Nielson no comando da Busscar, que lembra do que se dizia na época - ''Tem que tirar o sr. Andrade e colocar aquele jovem (Cláudio) que é mais fácil dele cair sozinho.'' Claudio Nielson então assume de vez como presidente da Busscar e já visa a recuperação da Busscar para o começo de uma nova página na história da Busscar que veremos semana que vem.
NÃO PERCA SEMANA QUE VEM TEM MAIS!!!!!!
By: TheLosDrivers
EU AMO A BUSSCAR
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